sobre quem eu não quero ser

Pois então, gostaria muito de não ser uma mãe maluca. Manjam mãe maluca?

Exemplifica-la-ei:

Dia desses eu li que há uma “vertente” de talimães (é como eu chamo carinhosamente essas mulheres que se definem APENAS COMO MÃE, no quesito ~QUEM É VC NA NIGHT?~) que amamentam seus filhos até os CINCO ANOS DE IDADE.  Isso é doentio. Na faculdade, uma professora já dizia que o desmame é sempre da mãe. E é, mesmo. Meuzamigo da Rede Globo, pensemos: uma criança, com 6 meses já deve estar de SACO CHEIO de leite materno. Quer frutinha, batatinha, caldinho de feijão… e a mulher insiste em enfiar sua teta goela abaixo da criança. Entendem? não quero ser esse tipo. Dependente, sem limite, carente, sufocante… aaaaargh.

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Oi lindas, vamos falar de amamentação?

Dia desses uma amiga me mandou um tópico desses fóruns do facebook no qual mães diziam que era super pedagógico que, quando seus filhos batessem nelas, elas não brigassem. Que elas apenas abraçassem os filhos e dissessem que o amam. Mano, fico tentando lembrar das minhas brigas com a minha mãe e meu pai, das vezes que ele levantaram a voz pra mim e que me deram palmada e em que tipo de ser humano perverso que devo ser. Serinho, é por isso que  as crianças não tem limites hoje em dia. As pessoas deveriam ler Freud, principalmente  o texto “O mal estar na civilização”, no qual ele defende a tese ~chocante~ de que viver em sociedade nos faz abrir mão de alguns prazeres – como bater nos pais, por exemplo. mwahahaha

Eu tô grávida de 12 semanas. Não faço idéia de como será quando a bolinha nascer, mas de uma coisa eu tenho certeza: ser mãe não me define – e não me difinirá – como ~PESSOA HUMANA~ (sempre quis usar essa expressão haahahah). Acho que sou desmamada desde sempre, tenho comigo não sou uma unidade com meu filho. Eu sou a Carol e o bebê é o bebê. E assim será quando ela estiver do lado de fora: ele será um bebê, depois uma criança, depois um adolescente, jovem adulto e, depois, um grande empresário do ramo de petróleo. hihihi. eu terei apenas a função – temporária – de transforma-lo num ser humano.

Fácil eu sei que não é.

4 comentários sobre “sobre quem eu não quero ser

  1. Olha, vc é a Carolina, minha amiga. A bolinha, é a bolinha, minha sobrinha.
    Vc é uma, ela é outra . A bolinha esta chegando, pra voce mostrar pra ela o mundo e ela vai te ensinar a ver o mundo, de uma maneira toooooootalmente diferente
    A bolinha tá chegando, pra ser educada por vc. Pra ser amada e direcionada por você. A bolinha, vai receber as palmadas tb de voce.
    A bolinha vai ser a sua maior alegria, vai ser seu coracao, olhos, bracos e orgaos. Ela vai mamar até cinco horas da manhã e depois vai fazer caquinha e sorrir pra vc.
    Ai essa menina … ela vai ser um pedaco teu, fora do teu corpo. Pode ter seus olhos, seu nariz, sua lindeza toda, ooou pode nao ter nada … e mesmo assim, ela será sua.
    É Carolina, vc será vc e a Bolinha será a Malu ou o Mario Luiso, mas seu corpo, nunca mais tera o coracao dentro dele.
    Bjs em vc e bjs na Deusa.

  2. Concordo com a Michele! Já te falei, espera só e vc vai ver…Como o parto não termina no dia do nascimento e não é neurose pura, não! É laço, não tô dizendo com isso que tenhamos que ser grudentas, sufocantes e castradoras, o desmame é tão necessário qto a amamentação! E sim, ele é meio esquisito para a mãe, mas essa sensação de prescindibilidade nos vai acompanhando no decorrer da nossa vida como mães e chega a ser acalentador e reconfortante, ver que seu filho vive sem vc. É td o que queremos, seres autônomos, independentes, caminhando do seu jeito próprio.
    Mas o laço, o envolvimento, os sentimentos, o amor e, no comecinho até os hormônios…td isso vai te transformar para sempre, nascerá uma nova Caro, totalmente mãe e aos poucos irá definindo o seu pp nesse vínculo infinito. Nunca mais vc vai deixar de ser a MÃE, mas tenho certeza, aprenderá distinguir-se do(a) Bolota e dar a vida e chance para ele ou ela exercer a própria natureza, saber-se pessoa, gente…e vc vai acompanhar isso de camarote VIP, num lugar mto especial somente dado àquelas que sabem disponibilizar-se para um outro ser e cuidar e zelar e amar incondicionalmente…

    • é justamente isso que quis dizer: ser prescindível. primeiro com o peito, depois com a creche, depois por causa dos amiguinhos da escola… e assim seguiremos. A bolota sendo gente e eu desmamando a cada passo.
      Lindeza vcs! Amo!!!

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